quarta-feira, 7 de setembro de 2011

11 de Setembro e a mídia


Na edição de hoje, publico análise-reportagem que descreve como a submissão da mídia ao Estado após o 11/9 levou à transparência radical de hoje.
Para Jay Rosen, da New York University, "a hora de maior humilhação" para a imprensa que se orgulhava de ser o cão-de-guarda do Estado, com coberturas como Watergate e os Papéis do Pentágono, "pode ser localizada com precisão: domingo, 8 de setembro de 2002". Foi o dia em que o "New York Times" deu na manchete (acima) que o Iraque tentava comprar "tubos de alumínio" para uso nuclear. O governo Bush repercutiu o jornal imediatamente e, meses depois, iniciou a invasão. O efeito foi estimular a desconfiança da cobertura e o apelo da "transparência radical" simbolizada pelo WikiLeaks.
Num ensaio postado ontem pelo "NYT", "Meus negócios pendentes do 11/9", Bill Keller, editor-chefe até ontem, escreve o mesmo, buscando porém explicar como o trauma dos ataques levou ao desastre do apoio à guerra.

Nelson de Sá

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