segunda-feira, 23 de abril de 2012

Saiba quando é vantajoso levar sua dívida para outro banco

Mesmo que alguns bancos estejam oferecendo taxas de juros mais baixas do que as que você paga por um financiamento, o custo da mudança, em alguns casos, pode limitar os benefícios da troca.
Especialistas ouvidos pelos repórteres Mesmo que alguns bancos estejam oferecendo taxas de juros mais baixas do que as que você paga por um financiamento, o custo da mudança, em alguns casos, pode limitar os benefícios da troca.
Especialistas ouvidos pelos repórteres Carolina Matos e Toni Sciarretta dizem que isso é mais comum no caso de empréstimos em que o bem fica em nome da instituição financeira até a quitação do débito. É que a transferência dessa alienação traz, ao devedor, despesas com cartórios e registros, entre outros custos.
Já no crédito para compra de bens de consumo em que não há alienação, trocar a dívida para um banco que cobre juros menores costuma valer a pena.
Veja exemplos de trocas de dívida e saiba quando a mudança vale a pena na íntegra da reportagem da Folha nesta segunda-feira.
"Pesquisar antes é a melhor solução; a preguiça pode custar caro. Se a pessoa já tomou o empréstimo, vale a pena fazer cotações para negociar taxas menores, seja barganhando com a instituição atual ou mudando para a concorrência.
Mas é preciso avaliar bem para ver quando compensa a troca", diz Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site que funciona como buscador de taxas em diferentes bancos.
dizem que isso é mais comum no caso de empréstimos em que o bem fica em nome da instituição financeira até a quitação do débito. É que a transferência dessa alienação traz, ao devedor, despesas com cartórios e registros, entre outros custos.
Já no crédito para compra de bens de consumo em que não há alienação, trocar a dívida para um banco que cobre juros menores costuma valer a pena.

Carolina Matos e Toni Sciarretta

A inveja da vagina

Mulheres em posições de poder não gostam de mulheres atraentes em volta. Preconceito meu? Pensava que sim. Olhava para algumas amigas que ocupam lugares de destaque em empresas, grupos de mídia, universidades. E pasmava com a ausência de outras mulheres nas proximidades.
Minto. As mulheres até existiam. Mas eram sempre invariavelmente feias ou absurdamente desinteressantes. Estaria a delirar?
Partilhei com as próprias as minhas impressões sobre o assunto. Recebi insultos mil: a minha suposta misoginia estava a ofuscar-me a razão, diziam elas, com imaculado espírito feminista. Competência era tudo que interessava. Elas, ao contrário dos homens, nunca se deixavam cegar pelas vacuidades da estética.
Pois bem: um estudo veio agora em meu socorro. Conta a revista "The Economist" que dois cientistas sociais israelenses resolveram fazer um teste sobre as vantagens, ou desvantagens, da beleza feminina no mundo laboral.
Eis o "modus operandi": pegaram em dois currículos com informações acadêmicas semelhantes. E enviaram os documentos para mais de 2500 ofertas de emprego. Por menor revelante: um dos currículos tinha a foto de uma mulher bonita; o outro seguiu sem foto.
Resultado? As mulheres bonitas têm uma desvantagem competitiva no mercado de trabalho e recebem menos entrevistas de emprego do que as restantes (sem foto).
Superficialmente, poderia pensar-se que a discriminação se exerce porque existe o preconceito, aliás, absurdo, de que beleza e inteligência não jogam na mesma equipe.
A razão da discriminação pode ser outra: ao analisarem também a composição dos departamentos de recursos humanos das empresas contratantes, onde é feita a triagem das candidatas, os pesquisadores chegaram à conclusão que 93% deles são compostos por mulheres.
Moral da história? Freud estava errado ao acreditar na "inveja do pênis", um conceito flácido (peço desculpa) e irremediavelmente datado. Se existe inveja nas mulheres, ela nasce entre vaginas.
O que não deixa de ser irônico: foram décadas de luta abnegada contra a opressão falocêntrica dos machos. Mas, no fim de contas, a opressão que existe e persiste mora no mesmo lado da barricada. 

 João Pereira Coutinho

Lucro do Bradesco cresce 3,4% no primeiro trimestre

O Bradesco registrou lucro líquido de R$ 2,793 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O valor representa uma alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2011.
Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de R$ 2,853 bilhões, em meio a um crescimento lento da economia no período e expectativas de aumento de despesas maiores com provisões para crédito duvidosos.
Ainda assim, o resultado representa o quarto maior lucro para um primeiro trimestre na historia dos bancos de capital aberto no país, segundo levantamento da consultoria Economatica. A cifra só fica atrás do lucro do Itaú no mesmo período de 2010 e 2011 e ao do Banco do Brasil no ano passado.
Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui os efeitos extraordinários, avançou 3,9% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,845 bilhões.
Segundo o Bradesco, as atividades financeiras representaram 68,2% desse valor, sendo o restante ligado às atividades de seguros, previdência e capitalização.
A carteira de crédito cresceu 14,6% nos três primeiros meses do ano e chegou a R$ 350,831 bilhões. A alta foi puxada principalmente pelas operações voltadas às empresas, que cresceram 17,1%.
A inadimplência, representada pelos atrasos superiores a 90 dias, registrou aumento de 0,5 ponto percentual, para 4,1% no período.
A piora da inadimplência levou o banco a elevar em 20% o saldo de provisões para os devedores duvidosos, que alcançou a R$ 20,117 bilhões no trimestre.
Ao final do período, o Bradesco contava 4.636 agências e mais de 105 mil funcionários. A instituição administra cerca de 25 milhões de contas-correntes e 41,3 milhões de contas de poupança.
JUROS MENORES
A partir desta segunda-feira, o Bradesco, assim como grandes bancos do país, passa a oferecer juros reduzidos aos seus clientes.
Terão taxas menores as linhas de crédito pessoal, financiamento de veículos, aquisição de bens e consignado a aposentados. As micro e pequenas empresas serão beneficiadas por custo menor nas operações voltadas para capital de giro e aquisição de máquinas. 

Folha de São Paulo

Superácio da Silva e Dilmaravilha!


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domingo, 22 de abril de 2012

Senador Demóstenes Torres negociou dívida pela Delta, diz PF

Três diálogos captados pela Polícia Federal indicam que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) negociou para que a Prefeitura de Anápolis (GO) pagasse R$ 20 milhões à empreiteira Delta.
Tratava-se de dívida que, anteriormente, pertencia à Queiroz Galvão e que, segundo os áudios, foi "comprada" pela Delta por R$ 4,5 milhões. A prefeitura confirma a negociação, mas diz que a dívida ainda não foi paga.
O dinheiro se referia ao contrato de recolhimento do lixo, que já foi feito pela Queiroz Galvão e hoje está sob responsabilidade da Delta.
As conversas são usadas pela Procuradoria-Geral da República para apontar indícios de que Demóstenes seria "sócio oculto" da Delta.
Em diálogo gravado em 9 de julho de 2011, Demóstenes relatou a Cachoeira detalhes da reunião prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT).
Demóstenes disse a Cachoeira que o prefeito concordava em pagar 50% por meio de precatórios e negociar os outros 50% da dívida.
O senador afirmou que, em contrapartida, Gomide disse que queria "por mês tanto, que eu tô no fim da minha gestão e preciso ganhar a eleição". Cachoeira responde: "Ele só quer graça".
Na mesma conversa, Demóstenes diz a Cachoeira que o prefeito havia marcado um encontro com Claudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste. "Ele pediu pro Claudio voltar a falar com ele de novo", disse Demóstenes.

PROPINA
 
Em outro diálogo, gravado três dias depois, Claudio Abreu conversou com Cachoeira e deu a entender que o prefeito pediu propina.
Abreu relatou a Cachoeira ter dito a Antonio Gomide: "Não dou conta de dar 10 mil procê, Antônio". O prefeito diz que os "10 mil" referiam-se a "asfalto" e que nunca falou sobre o assunto da dívida com Demóstenes.
No mesmo diálogo, Claudio Abreu relata a Cachoeira ter feito uma proposta ao prefeito: "Vamos combinar de encontrar com o Demóstenes? Vamos nós três tratar disso?". "Uai, pode marcar, não tem problema não, pode marcar", teria respondido o prefeito.
Abreu relatou ainda a Cachoeira que o prefeito estaria reclamando, pois não teria condições de pagar a dívida.

OUTRO LADO 

 O advogado do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), Antônio Carlos de Almeida Castro, diz que não faz comentários sobre gravações pontuais, pois o Supremo Tribunal Federal ainda irá decidir sobre a validade delas.
"Não estamos fazendo o enfrentamento pontual desses vazamentos, pois eles estão descontextualizados, manipulados e visam um pré-julgamento", afirmou a defesa.
"Como o Supremo decidirá sobre a validade ou não dessas escutas, a defesa se reserva o direito de não comentá-las, até para não validar e compactuar com o que julga inconstitucional, ilegal e espúrio", disse o advogado.
O prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT), disse que a dívida é de 2002 e 2003 e que ele assumiu em 2009.
"A própria empresa Queiroz Galvão nos procurou para um acerto, mas como está rolando na Justiça, resolvemos deixar na Justiça", afirma o prefeito, que negou que as gravações se tratem de pagamento de propina.
"Não tem nada disso. A conversa é muito clara. O Claudio veio aqui para dizer que a Delta tinha comprado a dívida e a Delta poderia fazer um deságio naquela época, por volta de R$ 12 milhões, se a prefeitura pudesse pagar sem entrar no precatório", afirmou o petista.
De acordo com ele, quando falava em "10 mil", referia-se a dinheiro "para fazer asfalto na cidade".
A Delta informou que "não tem conhecimento do fato". Diz que Claudio Abreu, que não foi localizado, foi demitido do cargo na empreiteira. "O fato, se ocorreu, surpreende a própria Delta."
A Queiroz Galvão negou que mantivesse vínculo com Claudio Abreu e Cachoeira. Em relação à dívida de Anápolis, a empresa informa que ajuizou ação de cobrança que tramita no Poder Judiciário.

 FERNANDO MELLO
LEANDRO COLON

Dilma tem aprovação recorde, mas Lula é favorito para 2014

A presidente Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014. A informação é da reportagem de Fernando Rodrigues, publicada na Folha deste domingo (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). Metade dos brasileiros acha que situação econômica melhorará Esse é o resultado principal da pesquisa Datafolha realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O governo da petista é avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro. Trata-se de um recorde sob dois aspectos: é a mais alta taxa obtida por Dilma desde a sua posse, em 1º de janeiro de 2011, e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha. Fernando Rodrigues

Vergonhas

Vergonha alheia. É aquela vergonha que a gente sente pelo outro, pelos outros, vergonha que um outro deveria sentir e não sente, não está nem aí. Eu morro de vergonha alheia. Talvez devesse indignar-me, ficar irritado, esbravejar, mas confesso um certo desalento, um desencanto que leva apenas à vergonha alheia. Imagina um rei. Imagina um rei em pleno século 21. Imagina um rei de um país que está à beira da falência, com mais de 20% de desemprego, como é o caso da Espanha. E o que esse rei idiossincrático e fora de moda resolve fazer para ocupar seu tempo? Vai à África caçar elefantes, com direito a foto com rifle na mão e a pobre e mastodôntica vítima ao fundo. Era para sentir raiva, mesmo, mas não. Vergonha... Bem, como disse um gaiato numa rede social por aí, o rei mata elefante enquanto seus súditos matam touros, afinal são todos bem treinados desde que matavam índios nas Américas. Vergonha... Índios. Quinta-feira foi dia do índio. Antigamente, lembrou o Fernando Rodrigues, desta Folha, o Brasil se recordava de seus índios pelo menos nesse dia. Tinha homenagem, hino, festinhas. Hoje, os índios que se danem, estão no noticiário apenas como bandidos que invadiram as terras que fazendeiros lhes roubaram na Bahia, pobres pataxós. Vergonha... Dois dos mais altos magistrados do país trocam ofensas pela imprensa. Antigamente, juízes se manifestavam apenas por intermédio dos autos, nada mais. Agora, posam na cama para a revista Caras e batem boca via colunas de jornal. Peluso acusa de inseguro Barbosa que acusa Peluso de racista, entre outras carícias. Mesmo que os dois estejam certos, o que dá para sentir em relação a isso? Vergonha... Bastou a presidente da República dar um passa-moleque que os banqueiros amarelaram e baixaram os juros mais altos do mundo. Pode não dar em nada, como torcem os que odeiam Dilma. Mas, aqui entre nós, os dois maiores bancos privados do país terem juntos, em 2011, R$ 25 bilhões de lucro faz a gente sentir o quê? Vergonha... E a cachoeira do bicheiro Carlinhos encharca a República e suas vestais de nomes gregos ou não. E lá vem a CPI para dar holofote aos que pregarão moral, justiça e ética. Quem estará entre os membros da CPI? Elle, ninguém menos que Fernando Collor de Mello. Vergonha até chorar... Luiz Caversan

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Saiba como chegar aos 55 anos com R$ 1 milhão



Aos 21 anos, Felippe Oliveira Bartalo já é um veterano em investimentos: começou a poupar aos dez anos, por iniciativa própria.
"Pedi aos meus pais para abrir uma poupança. A partir daí, preferi sempre dinheiro a brinquedo de Natal ou aniversário", diz o estudante de engenharia mecânica, que dá aula particular de matemática e mora com a família.
Calculadora: veja quanto e por quanto tempo você deve poupar para atingir seu objetivo
Adolescente, Bartalo começou a pesquisar sobre finanças pessoais e abriu uma conta em uma corretora, mediante autorização dos pais. Desde então, diversifica os investimentos em ações (70%) e renda fixa (30%), e, principalmente, controla os gastos.
O jovem crê que se aposentará com independência financeira --sonho de muitos, e planejado por poucos.
O quadro abaixo traz simulações que mostram que começar a investir cedo reduz o esforço mensal de poupança. Foi estipulada uma meta de R$ 1 milhão (valor bruto) a ser alcançada aos 55 anos em três tipos de aplicação: o primeiro com um perfil mais conservador (baixo risco), o segundo com risco intermediário e o terceiro, arrojado (maior risco).
A taxa real de juros, descontada a inflação projetada do período e que remunera o investimento, aumenta junto com a exposição ao risco.
A primeira aplicação, em títulos do governo (Tesouro Direto), prevê juro real de 4,5%ao ano. A segunda, em títulos privados de renda fixa (como CDBs de bancos), tem 5,5% ao ano de juro. E a terceira, em renda variável (ações), taxa de 6,5% ao ano.
Assim, quanto mais agressiva a aplicação, menos dinheiro por mês o investidor precisa poupar em busca de seu objetivo, pois os recursos rendem mais. Mas vale lembrar que, em caso de crise financeira, como a de 2008, aplicações mais conservadores sofrem menos impacto.
Os cálculos mostram que quem começa o investimento mais conservador aos 45 anos precisa aplicar por mês, para atingir a meta aos 55 anos de idade, mais de três vezes o projetado para os 30 anos e mais de sete vezes o estimado aos 18 anos.
Na opção mais arrojada, em que há mais efeito dos juros ao longo do tempo (pois as taxas, que multiplicam o dinheiro, são mais altas), as diferenças aumentam. O valor mensal para quem começa aos 45 anos é mais que o quádruplo do recomendado aos 30 anos e mais de dez vezes o estimado aos 18 anos.
Se uma aplicação financeira for iniciada pela família para beneficiar uma criança ao nascer, esse futuro investidor poderá alcançar a meta mantendo poupança mensal que representa de 2,83% a 5,39% do valor projetado para quem começa aos 45 anos (dependendo da aplicação).
"As pessoas, muitas vezes, não se propõem a poupar R$ 1 milhão porque acham o valor alto, mas é possível para qualquer um, principalmente se o planejamento tem início cedo", diz Mauro Calil, educador financeiro, que fez os cálculos para a Folha.
"Uma estratégia é começar com metas menores, como R$ 20 mil e R$ 100 mil. Depois que o bolo começa a crescer, fica mais fácil", acrescenta.
Os especialistas ponderam que R$ 1 milhão não significa independência financeira para todos; isso vai depender do padrão de vida e, no momento da aposentadoria, da situação econômica do país.
"Essa quantia, se bem empregada, ajuda a trazer tranquilidade. Em renda fixa, rende hoje cerca de R$ 4.000 por mês", afirma Erasmo Vieira, consultor da Planilhar Planejamento Financeiro.

CAROLINA MATOS

Mercado eleva previsões para inflação e dólar neste ano, diz Focus

O mercado elevou a estimativa para a inflação oficial (medida pelo IPCA) e elevou para o preço do dólar para este ano, segundo divulgação do boletim Focus desta segunda-feira (16).
Para 2012, a projeção da inflação oficial subiu de 5,06%, na semana passada, para 5,08% hoje. Para 2013, a expectativa é de 5,50%. A centro da meta do governo para este ano é de 4,5% e o teto, 6,5%.
A estimativa para o valor do dólar em 2012 subiu pela quarta semana, passando de R$ 1,78 na semana passada, para R$ 1,80 hoje. Em 2013, a projeção se manteve em R$ 1,80
A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas por um Estado em determinado período) de 2012 ficou inalterada enquanto para 2013 subiu de 4,20, na semana passada, para 4,30% hoje.
Em semana de decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), a expectativa do mercado mantém a aposta em uma taxa básica de juros, a Selic, em 9% neste ano. Atualmente, a Selic está em 9,75% ao ano, com frequentes sinalizações de queda pelo comitê em suas atas. Para 2013, o mercado estima uma taxa de 10%.
O boletim Focus é elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a instituições financeiras e expressa, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia.

Folha de São Paulo

Canibais: que crime comete quem come carne humana?


“Vizinho acha suposto diário de trio suspeito de canibalismo
Um diário supostamente de uma das três pessoas presas em Garanhuns (PE), suspeitas de matar, esquartejar, comer e enterrar ao menos três mulheres, indica que o trio se formou em julho de 2003.
‘Pretinha’, que assina o diário, seria Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25, amante de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51, o ‘Monte’, marido de Isabel Cristina Pires da Silveira, 51, a ‘Bel’ (…)
Os três moravam com uma criança de 5 anos, que a polícia acredita ser filha de uma das vítimas do grupo.
Bruna teria se unido ao casal com apenas 16 anos.
O caderno detalha relações sexuais que a autora mantinha com o amante”
Comer carne humana não é crime. Os mais velhos vão se lembrar que nas décadas de 1980/90 alguns hospitais paulistas descartaram lixo hospitalar no ‘lixão’ (um ‘aterro’ a céu aberto) e partes de corpos humanos removidos durante as cirurgias acabaram consumidos por catadores de lixo. Aquelas pessoas que comeram as partes humanas descartadas não cometeram nenhum crime. Tampouco o taxista que na matéria de sábado, sobre o mesmo assunto, disse ter gostada dos salvados feitos com os restos humanos.
Para que haja um delito, a conduta precisa estar descrita como tal em alguma lei penal (ou seja, ela precisa ser 'tipificada'), e não há nenhuma lei penal dizendo que comer carne humana é crime.
Alguns crimes são tão raros que, mesmo que eles não sejam apenas moralmente repugnantes para a sociedade, o legislador não faz uma lei específica para puni-lo, e ele acaba sendo punido em um outro crime, mais amplo. Esse é o caso do canibalismo. Por ser tão raro não há uma lei penal que puna o canibalismo em si, mas algumas condutas associadas a ele podem ensejar outras punições.
Por exemplo, se o canibal mata a vítima, ele está cometendo um homicídio. Dependendo da interpretação do juiz, pode ser um homicídio qualificado (pelo motivo fútil), o que gera uma pena muito mais alta.
Outro crime normalmente associado ao canibalismo é o vilipêndio de cadáver, ou mesmo a destruição de cadáver. Mas note, novamente, que nenhum desses crimes estão restritos ao canibal. Todos os dias ouvimos falar de homicídios cometidos por outros motivos; e o vilipêndio de cadáver, embora bem mais raro do que o homicídio, não foi feito para punir o canibal, mas para punir qualquer pessoa que desrespeite e viole os restos mortais (esse é o mesmo crime cometido por quem remove os dentes de ouro do morto, por exemplo). O mesmo ocorre com a destruição de cadáver: esse é o artigo, por exemplo, usado para punir o bandido que atea fogo no corpo da vítima.
Existe mais uma outra complicação jurídica aqui: o consumo de restos humanos é algo que fere preceitos morais tão básicos que muitas vezes é possível para a defesa alegar que quem praticou o canibalismo não possuía o desenvolvimento mental mínimo necessário para torna-lo punível penalmente, ou que culturalmente tal pessoal não estava totalmente integrada à nossa sociedade (é o caso, por exemplo, de tribos como os Yanomamis, que consomem as cinzas mortais de seus companheiros, e dos quais já falamos aqui)

Folha de São Paulo

Cachoeira e o mensalão

A criação da CPI do Cachoeira fará bem ao país. Há tempos não acontece uma Comissão Parlamentar de Inquérito com potencial para expor as vísceras da política e ajudar no combate à corrupção. Existem motivos de sobra para instalar essa investigação congressual.
O PT e a oposição têm razões legítimas para tentar fazer uma CPI mais ao seu gosto. A disputa é natural da política. Os petistas avaliam que poderão relativizar a gravidade do mensalão. Tucanos e democratas creem que acabarão encontrando algo incômodo para o Palácio do Planalto.
Ganhou corpo, sobretudo nas redes sociais, a teoria de que a CPI do Cachoeira poderia provar que o mensalão foi uma farsa porque o vídeo de propina nos Correios teria sido montado pelo contraventor e seus arapongas. Outros vídeos e grampos que foram estopins de crises também teriam origem na turma de Cachoeira.
Se ficar provado que houve armações e que jornalistas foram usados, numa parceria que ultrapassou os limites da ética e da legalidade, obviamente haverá utilização política disso pelo PT.
No entanto, o mensalão não seria apagado nem minimizado. O mensalão é o escândalo mais grave do governo Lula e da história do PT. Marcos Valério e Delúbio Soares são personagens reais. Não são invenções. Deputados receberam dinheiro na boca do caixa do Banco Rural de Brasília. Há fundadas acusações de uso de dinheiro público para irrigar o valerioduto.
É compreensível que o PT queira se defender politicamente, lutando para que o mensalão não seja catalogado como o maior caso de corrupção da história. Afinal, não existe corruptômetro, como disse Chico Buarque. Mas o PT erra ao estimular uma versão edulcorada desse episódio. Houve erros. Houve desvios de conduta. Houve corrupção política.
Existe um claro embate político em torno do julgamento do mensalão. Num país em que a corrupção é assustadora, a opinião pública faz pressão por uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Alguns ministros do Supremo defendem um julgamento ainda neste ano, como o futuro presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto.
É legítimo que a oposição queira trazer o assunto de volta às manchetes num ano eleitoral. E é legítimo que o PT se incomode e queira minimizar danos. Isso é a política como ela é.

TERMÔMETRO

Mesmo que o PT ocupe espaço na imprensa com a CPI do Cachoeira, dificilmente conseguirá eclipsar o eventual julgamento do mensalão. Em conversas reservadas, ministros dizem ser bastante provável a condenação dos principais petistas que são réus no processo.

Kennedy Alencar

Sujos X Mal asseados



Blog do Josias

Atirador da Noruega assume mortes mas invoca 'autodefesa'


O militante ultradireitista norueguês Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas em julho na Noruega, fez uma saudação de punho cerrado, deu um sorriso forçado e declarou-se inocente no primeiro dia do seu julgamento, que ele promete transformar em um "circo" para difundir suas opiniões anti-islâmicas.
Breivik, de 33 anos, declarou que cometeu a chacina para defender seu país. Ele explodiu um carro-bomba que matou oito pessoas em meio a prédios governamentais no centro de Oslo, e depois matou a tiros 69 pessoas em um acampamento juvenil do Partido Trabalhista, numa ilha a 40 quilômetros do centro da capital.
Não há dúvidas de que Breivik cometeu o massacre. Resta saber se ele será declarado insano ou culpado. Apesar do risco de ser condenado à prisão perpétua, ele afirmou que ser declarado inimputável seria "um destino pior que a morte".
Durante horas, promotores leram um relato minucioso do massacre, o qual Breivik escutou impassivelmente. Ele só derramou lágrimas ao ver, mais tarde, um de seus vídeos de propaganda.
De terno e com gravata mal amarrada, Breivik entrou no plenário algemado. Sorriu forçado algumas vezes enquanto as algemas eram retiradas, e então fez uma saudação levando o punho direito cerrado ao peito, e depois estendendo a mão para frente.
"Não reconheço os tribunais noruegueses. Vocês receberam o seu mandato de partidos políticos que apoiam o multiculturalismo", disse Breivik, que se recusou a ficar de pé quando os juízes entraram.
"Admito os atos, mas não a culpa criminal, pois alego autodefesa", acrescentou ele, sentado diante de um vidro blindado.

BOCEJO E LÁGRIMAS

Breivik às vezes continha um bocejo e bebericava água, e não demonstrou nenhuma emoção enquanto os promotores listavam cada morte cometida por ele. Alguns detalhes eram tão violentos que a TV norueguesa cobria as descrições com um sinal sonoro.
O réu derramou algumas lágrimas ao ver um vídeo como fotos e um texto em que ele fala dos males do "multiculturalismo" e da "guerra demográfica islâmica".
O julgamento deve durar pelo menos dez semanas. Mais de 200 pessoas acompanharam a audiência num plenário construído especialmente para esse fim, e cerca de 700 sobreviventes e parentes de vítimas do massacre acompanharam a sessão por vídeo em vários pontos do país.
"Hoje começa o julgamento, e será um momento duro para muitos", disse Vegard Groeslie Wennesland, de 28 anos, sobrevivente do massacre. "Na última vez que eu o vi pessoalmente ele estava atirando nos meus amigos."

IDEIAS

Cerca de 800 jornalistas estão cobrindo o julgamento, e muitos noruegueses temem que Breivik aproveite isso para difundir suas ideias contra a imigração.
Sua defesa convocou 29 testemunhas para corroborar sua visão de mundo. O código norueguês de processo penal permite que o réu se defenda como bem entender, mas os juízes podem cortar a lista de testemunhas.
Entre as testemunhas arroladas estão o mulá curdo Krekar, fundador do grupo islâmico Ansar al Islam, e recentemente preso na Noruega por fazer ameaças de morte, e o blogueiro ultradireitista "Fjordman", que influenciou Breivik.
Num manifesto ultradireitista que escreveu antes do massacre, Breivik dizia que o momento do julgamento deve ser usado para promover as ideias anti-imigração. "Sua prisão marca o início da fase de propaganda", escreveu ele a potenciais seguidores. "Seu julgamento oferece um palco para o mundo."
Numa recente carta à qual o jornal norueguês VG teve acesso, Breivik disse: "O processo penal parece que será um circo (...), uma oportunidade absolutamente única para explicar a ideia (do manifesto) ao mundo".

REUTERS

Geração de emprego é a pior para março desde 2009, diz Caged

O Brasil registrou a criação de 111.746 vagas com carteira assinada em março. Em relação ao mês anterior, houve redução de 25,79% no número de vagas criadas (150.600). Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Ministério do Trabalho.
Em relação ao mesmo período de 2011, quando foram criados 92.775 postos, houve um aumento de 20,57%.
O número representa o saldo entre admissões e desligamentos no mês. O saldo é resultado de 1.881.127 admissões e 1.769.381 desligamentos, ambos os maiores para o período.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2011 (quando foram criadas 583.886 vagas), houve queda de 24,2% na comparação com os empregos celetistas registrados neste ano (442.608 postos).
No acumulado do ano, o emprego cresceu 1,17%. Nos últimos 12 meses, houve aumento de 1.761.455 postos, o que equivale à expansão de 4,82% no número de empregos celetistas do país.
A indústria de transformação foi o setor que teve um dos piores resultados do mês, com fechamento de 5.048 vagas com carteira assinada. Segundo o relatório, a queda de 0,06% pode ser atribuída, em grande parte, ao desempenho negativo da indústria de produtos alimentícios.

PRISCILLA OLIVEIRA

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Contribuinte já consegue checar se há pendências na declaração do IR

Os contribuintes que entregaram a declaração do Imposto de Renda deste ano já podem saber se há alguma pendência com a documentação.
A conferência da declaração é feita pelo portal e-CAC,. Quem tiver dúvidas pode acessar o guia disponibilizado pela Receita.
A consulta é feita pelo extrato da declaração, que foi liberado pela Receita Federal. De acordo com o órgão, é possível Identificar pendências se houver que podem levar o contribuinte à malha fina. Nesse caso, o contribuinte poderá resolvê-las por meio de uma declaração retificadora e, assim, evitar problemas com o fisco.
Também é possível, pela consulta, checar se as quotas do IR estão sendo quitadas corretamente, para quem tem imposto a pagar; pedir, alterar ou cancelar débito automático das quotas; e identificar e parcelar eventuais débitos em atraso, dentre outros serviços.
Se houver pendências, o aplicativo informará ao contribuinte como proceder para corrigi-las.
"Quanto mais cedo for efetuada a correção, mais rapidamente será liberada a restituição. No caso de imposto a pagar, a correção dentro do prazo de entrega da declaração evita a incidência de multa de mora e juros", informou a Receita.

ENTREGA

A entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física vai até as 23h59 do dia 30 de abril, uma segunda-feira.
Se a declaração não for processada até esse horário, o contribuinte está passível de pagar multa. A multa mínima será de R$ 165,74. A multa máxima poderá chegar a 20% do imposto devido.
A penalidade será aplicada inclusive se o contribuinte não tiver IR a pagar. O boleto para o pagamento da multa é gerada pelo próprio programa. Caso haja restituição, a multa será deduzida do pagamento.
A entrega de declarações em atraso pode ser feito através da internet ou por disquete nas unidades da Receita Federal.

Folha de São Paulo

Revelação!



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Iguaria!



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Dilma de primeira classe

Comentei aqui sobre um projeto que vem traduzindo para o português cursos abertos das grandes universidades do mundo (veja aqui). Dezenas de milhares de leitores acessaram o link. Esse interesse revela, em meio à nossa indigência educacional, o Brasil de primeira classe que Dilma Rousseff leva para os Estados Unidos.
Nessa viagem aos Estados Unidos, Dilma visita Harvard e MIT (duas universidades comandadas por mulheres) e manda a mensagem de que o país quer estar mais próximo dos centros de excelência do conhecimento. E quer mais brasileiros estudando lá. É ainda pouco, muito pouco, comparado com outros países como Índia e China.
Temos o Brasil dos analfabetos funcionais (a grande maioria), mas temos o Brasil que está despertando para a educação de primeira classe. Impossível não reconhecer como um marco o projeto Ciência Sem Fronteiras, ao oferecer dezenas de milhares de bolsas para estudar no Exterior aliás, as inscrições se encerram em abril (veja aqui).
No Brasil de primeira classe, no lugar de ataques de um esquerdismo infantil contra os Estados Unidos uma asneira que campeia no PT, valorizamos um país em que podemos fazer intercâmbios de conhecimento científicos.
Poso garantir que um dos traços mais interessantes dos americanos é a generosidade (também com uma pitada de esperteza) em acolher estrangeiros nas suas universidades. Aliás, passou a ser um critério para avaliar uma universidade sua diversidade de nacionalidades.
Para ajudar o leitor, veja aqui mais dicas para acessar aulas gratuitas nos Estados Unidos e na Europa.

Gilberto Dimenstein

Anatel divulga regras da telefonia social; conta média será de R$ 13,31

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou nesta segunda-feira as regras da telefonia social, que deverá beneficiar 22 milhões de famílias com uma assinatura mais barata.
As regras foram publicadas no "Diário Oficial da União".
De acordo com a agência, o regulamento do Acesso Individual Classe Especial (Aice) permitirá que famílias de baixa renda paguem em média R$ 13,31 (incluindo tributos) pela assinatura básica de telefone fixo. Elas terão direito a franquia mensal de 90 minutos para chamadas locais entre telefones fixos. O excedente será cobrado como pré-pago.
Atualmente, o valor médio do Aice é de R$ 24,14 (com tributos), que será reduzido para a nova cobrança. As regras entram em vigor em 60 dias.
Na assinatura básica residencial convencional, o valor é de R$ 40,24, com tributos, segundo a Anatel.
Cálculos apontam que a medida poderá beneficiar 22 milhões de famílias inscritas no cadastro único dos programas sociais do governo federal (condição para ter acesso à conta mais barata).
A medida é destinada apenas à telefonia doméstica, ou seja, não poderá ser usada para fins comerciais.
As operadoras poderão oferecer uma assinatura pré-paga para o Aice. Nesse caso, o assinante deverá ter acesso, de forma gratuita e em tempo real, aos créditos disponíveis e seu prazo de disponibilidade.
O regulamento também prevê um tempo menor para a ativação dos acessos: cairá de 30 dias para sete dias. As operadoras terão um prazo de quatro meses para se adaptar a essa mudança.
A adesão ao programa será escalonada de acordo com a renda. No primeiro ano, por exemplo, só terão acesso ao telefone popular as famílias com renda de até um salário mínimo. Depois será a vez de quem ganha até dois mínimos, e no ano seguinte, dos demais inscritos no cadastro.
Segundo o conselheiro da Anatel Marcelo Bechara, relator da matéria, isso vai permitir o melhor planejamento por parte das empresas, com uma migração mais controlada. O impacto previsto às operadoras é de até R$ 1,4 bilhão.

Folha de São Paulo

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Talento de custódia/PE, presta atenção brasil

Esquema de Cachoeira tinha interceptação ilegal de e-mail


Relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público Federal afirmam que o grupo do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, contratou serviços de interceptação ilegal de e-mails, informa reportagem de Fernando Mello, Filipe Coutinho e Leandro Colon, publicada na Folha desta quinta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Segundo a investigação, uma empresa de um agente aposentado da Polícia Federal, Joaquim Gomes Thomé Neto, entregava relatórios com e-mails interceptados.
Essa empresa foi um dos alvos de busca e apreensão durante a Operação Monte Carlo, deflagrada pela PF no mês passado e que aponta Cachoeira como líder de um grupo que explorava jogo ilegal e pagava propinas a agentes públicos.
Foi nessa operação que a PF flagrou conversas de Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (GO). Conhecido por seu discurso de defesa da ética, Demóstenes deixou o seu partido, o DEM, e está sob o risco de cassação.

Fernando Mello, Filipe Coutinho e Leandro Colon

Melô do Demóstenes!



Blog do Josias

O otimismo brasileiro

Brasileiro é otimista. Somos assim.
E a maior parte dos políticos brasileiros não sabe lidar com isso. Recentemente publicou-se pesquisa da FGV sobre Felicidade Futura a partir de dados do Gallup World Poll, com duzentas mil pessoas.
Não é pouco.
Em 2011, comparou-se a expectativa de "satisfação futura" em 156 países do mundo. Queriam saber como a pessoa se veria em 2015, em termos de satisfação, de felicidade.
De 0 a 10, o brasileiro atingiu 8,6 de média. À frente da Dinamarca, país com quase todos os problemas resolvidos. Sua população, hoje, é a que sente mais feliz. Para 2015, os dinamarqueses são menos otimistas que os brasileiros.
China e Índia, potências emergentes, obtiveram, respectivamente, a 111ª e 119ª colocações. A China com média 6,2 e a Índia com 6,1.
Aproximam-se as eleições. E o que se vê são os candidatos mergulharem-se em discurso catastrófico. "Está tudo errado". Nas eleições anteriores também foi assim. É uma catarse catastrófica que vai demolindo tudo. Associando-se a isso, parte da mídia cria um quadro desastroso e quase sem saída.
"Não há como melhorar", é o que se conclui.
Há quem faça isso até com boa intenção. Ao se comover com as dificuldades e agruras que os mais vulneráveis e carentes sofrem. E, de fato, há bastante coisa que pode mudar e melhorar a vida das pessoas. Porém, antes de cair nesse vale de lágrimas, é preciso conhecer o que a população, de fato, pensa. Ela sabe dos problemas, mas enxerga alternativas.
Marcelo Néri, conhecido economista, comenta bem a questão: "Gestores políticos e pesquisadores têm uma visão própria sobre a população. É preciso ouvir as pessoas, saber o que elas próprias pensam".
No país da pesquisa e dos marqueteiros, não se consegue captar a verdadeira alma do brasileiro. Ele tem consciência de seus problemas, mas acredita em mudança. Detesta viver envolvido pelo que se chama de ciência da depressão (dismal science). Não quer mergulhar no mundo da desilusão e da falta de opção.
É o que predomina em nossa cidade. Diante dos problemas reais, desprezam-se os benefícios, as virtudes. Vira moda falar mal. "Pega mal" falar bem. "Pega bem" falar mal.
Provocado a responder dessa forma, porque a pergunta induz a reclamação, o paulistano reclama. Com razões de sobra. Contudo, não quer dizer que ele deixe de acalentar esperanças.
Gestores públicos gostam de cair nessa armadilha. Muitos, além de optarem pelo discurso da "ciência da depressão, da tristeza", o culto ao negativo, não oferecem propostas reais e bem-fundamentadas de mudança. Propostas com conteúdo, viabilidade econômica e projeto de operacionalização.
Reclamar não resolve. Mostrar defeitos, reconhecer acertos e ter propostas fundamentadas sim. As pessoas querem encontrar a saída. Há um campo fértil para o otimismo. Só não pode ser preenchido pelo blefe nem pela demagogia.
Além de cordial, emotivo, o brasileiro é otimista. Falta quem saiba dar concretude a essa utopia.
Quem são os candidatos?

José Luiz Portella Pereira

IPCA desacelera em março e fica em 0,21%, diz IBGE

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou inflação de 0,21% em março, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (5). A taxa é inferior à verificada em fevereiro passado (0,45%), completando o sexto mês de queda do indicador.
Em março de 2011, o índice havia sido de 0,79%, valor 0,51 ponto percentual maior que o verificado no terceiro mês deste ano.
No acumulado do ano, o índice oficial de inflação do país atingiu 1,22%, metade do verificado no primeiro trimestre do ano passado, quando a taxa foi de 2,44%. No acumulado em 12 meses, a taxa atingiu 5,24%, abaixo do teto da meta do governo de 6,5% para este ano.
O IPCA de março é o menor desde julho de 2011, quando ficou em 0,16%. No acumulado de 12 meses, o índice registrou sua variação mais baixa desde de outubro de 2010, quando foi de 5,20%. A taxa para o primeiro trimestre é também a menor para o período desde 2000 (0,97%).
O índice oficial de inflação desacelerou de fevereiro para março em razão da queda no grupo de educação, que registrou variação de 0,54% em março, contra avanço de 5,62% um mês antes.
A educação caiu por conta da questão sazonal de início de ano. As taxas de matrícula, reajustadas ano a ano, contribuem significativamente para o aumento da inflação no grupo. Ao final de fevereiro, essas taxas deixam de ser cobradas.
"A redução do IPCA se deve principalmente ao menor impacto da educação. Alguns serviços importantes tiveram variações menores, como habitação e despesas pessoais", afirmou a gerente de Coordenação dos Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
À exceção dos grupos alimentação e transportes, que subiram na comparação mensal, a maior parte dos demais grupos apurados pelo IBGE registrou queda e parte, deflação. Os grupos com deflação foram comunicação (-0,36%), artigos de residência (-0,40) e vestuário (-0,61%).
Comunicação teve impacto da queda das tarifas telefônicas nas ligações de telefones fixos para móveis. Artigos de residência caíram por conta do gasto menor com eletrodomésticos, que tiveram seus preços baixados por conta da redução do IPI para a linha branca, promovida pelo governo.
Já vestuário, os preços de roupas foram impactados pelo aumento da importação de produtos chineses, que pressionam o valor dos produtos nacionais.
Sem apresentar deflação, mas com quedas consideradas importantes pelo IBGE, os grupos habitação e despesas pessoas caíram por conta de redução de preços de aluguéis e com empregadas domésticas, respectivamente.
Os aluguéis saíram de uma variação de 1,19% em fevereiro e atingiram 0,45% em março. O custo com empregadas domésticas saiu de uma variação de 1,78% em fevereiro para 1,38% em março.

ALTAS

O grupo alimentação, que vinha apresentando queda desde de dezembro, subiu de 0,19% em fevereiro para 0,25% em março. Eulina explicou que a alta é pontual e ocorreu mais por conta das festas de Páscoa, quando as pessoas consomem mais peixes, frutas e ovos.
Transportes foi o segundo grupo que apresentou alta, saindo de deflação de 0,33% para inflação de 0,16%. O motivo para isso, explicou Eulina, foi que o etanol tem apresentado leve aumento de preço, por conta da entressafra, quando se tem uma menor oferta do produto.
O álcool, por sua vez, pressiona o preço da gasolina. Eulina afirmou que a greve de caminhoneiros em São Paulo, no início do mês, não teve impacto na inflação dos transportes. Os preços das passagens aéreas, que apresentaram queda em fevereiro, voltaram a se recuperar.

LUCAS VETTORAZZO

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Frente se reunirá com Marco Maia para analisar caso Cachoeira


A Frente Parlamentar de Combate à Corrupção vai se reunir amanhã com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para analisar as acusações de envolvimento de deputados federais com negócios ilícitos e tráfico de influência pelo empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira. A informação é da assessoria do líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ).
Alencar e o presidente nacional do partido, deputado Ivan Valente (SP), vão exigir que a Corregedoria da Câmara convoque imediatamente os deputados citados em investigações da PF para dar explicações. Depois de reunir mais informações, os dois deputados estudarão a possibilidade de entrar com representações no Conselho de Ética contra os parlamentares citados.
A Frente, coordenada por Francisco Praciano (PT-AM), quer que o presidente da Casa solicite à Procuradoria-Geral da República a relação completa dos parlamentares alvo de denúncias e os indícios de ilegalidades que teriam sido praticadas por eles.

DENÚNCIAS

Escutas telefônicas da Polícia Federal revelaram que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) atuava no Congresso em favor do empresário Carlos Cachoeira, que está preso sob acusação de exploração de jogos ilegais.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira a abertura de inquérito para investigar Demóstenes. Ele entende que existem indícios de uma ligação criminosa entre o parlamentar e o contraventor, Carlinhos Cachoeira.
Ontem, reportagem da Folha informou que Cachoeira usou servidores federais para facilitar a entrada de contrabando no aeroporto de Brasília. Os diálogos mostram que um auxiliar de Cachoeira negociou com um funcionário da Infraero a liberação de um grupo na alfândega, acertando o número de malas e a cor da roupa que deveriam estar vestidos.

Folha de São Paulo

Alta rotatividade!



Blog do Josias

Zona do euro marca novo recorde de desemprego em fevereiro

A taxa de desemprego da zona do euro atingiu 10,8% da população ativa em fevereiro, ante 10,7% em janeiro, marcando um novo recorde em 15 anos, apontou nesta segunda-feira a agência europeia de estatísticas Eurostat.
No total, 17,13 milhões de pessoas estavam inscritas em fevereiro nas listas de desemprego do bloco europeu (formado por 17 dos 27 países da União Europeia), 162.000 a mais do que em janeiro e 1,48 milhão a mais do que em fevereiro de 2011, detalhou a Eurostat.
A média das estimativas entre os analistas consultados pela agência Dow Jones era de uma estabilização em 10,7%.
Trata-se do décimo mês consecutivo em que a zona do euro tem um índice de desocupação superior a 10% de sua população ativa.
O nível de desemprego na Espanha ainda era o pior entre os países do bloco (23,6%), seguido pela Grécia (21%), embora os dados dessa nação remontem a dezembro.
Logo atrás vem Portugal (15%) e Irlanda (14,7%).
Na Itália, o desemprego afetava 9,3% da população ativa em fevereiro, também um novo recorde para esse país.
Como termo de comparação, a taxa de desemprego brasileira para fevereiro (a mais atualizada) foi de 5,7% segundo o IBGE a menor para esse mês desde o início da série (março de 2002).

FRANCE PRESSE