
A crise desencadeada pela decisão do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), de manter presos 429 bombeiros e 2 policiais que invadiram o quartel central da corporação no dia 3 abalou o apoio do PT ao peemedebista.
O grupo foi libertado no sábado graças a um habeas corpus impetrado pelo deputado federal Alessandro Molon (PT).
O projeto de lei que dá perdão criminal e administrativo aos bombeiros foi apresentado pelo senador Lindbergh Farias, também petista.
No domingo, a manifestação de apoio aos bombeiros que reuniu cerca de 20 mil pessoas no Rio contou com a presença dos dois parlamentares e de vários representantes do PT.
Embora ainda não falem em rompimento, os petistas admitem que o que consideram uma reação "arbitrária" de Cabral ao movimento dos bombeiros por maiores salários causou um abalo no apoio do partido ao governador.
Depois de mais de uma semana de tensão e de um forte desgaste de imagem, Cabral teve de ceder e, além de soltar os bombeiros, anunciou que enviará mensagem à Assembleia Legislativa propondo que 30% do valor do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros, arrecadado com a taxa de incêndio, seja usado no pagamento de gratificações.
Também decidiu antecipar um reajuste de 5,8%, que antes seria escalonado entre julho e dezembro. Somado aos reajustes de janeiro a junho, representará um aumento de 11,5% neste ano. O piso final, de R$ 1.265, ainda ficará aquém dos R$ 2.000 reivindicados pela categoria.
A decisão de negociar foi tomada a partir de pesquisas que mostraram forte apoio da população aos bombeiros e rejeição à atitude de Cabral.
Vera Magalhaes
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