domingo, 26 de junho de 2011

Bombeiros do Rio fazem manifestação por anistia


Bombeiros do Rio estão promovendo neste domingo um ato pela anistia dos 429 manifestantes presos após invadir o quartel central da corporação, no dia 3 de junho.
Centenas de bombeiros se reuniram na praia do Flamengo, avenida paralela ao Aterro do Flamengo, a partir das 10h.
Por volta do meio-dia eles iniciaram uma carreata que deve seguir até o Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. Segundo organizadores, mais de 1.500 pessoas participam da manifestação, que por volta das 14h30 momento passava pelo Leblon (zona sul).
Os 429 bombeiros que foram presos e denunciados por motim e danos materiais estão sendo processados e podem até ser expulsos da corporação.
Dois PMs que também participaram da invasão também podem ser expulsos eles estão sendo submetidos ao conselho de disciplina da corporação que avalia se houve crime militar ou não. Se for comprovada a culpa, um colegiado decidirá pela expulsão dos PMs.
O Senado já aprovou na quarta-feira (22) anistia aos bombeiros denunciados. Como a decisão foi aprovada em caráter terminativo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), segue para análise da Câmara --se não houver apresentação de recurso para o projeto ser votado no plenário do Senado.
Pelo texto, fica prevista a anistia aos crimes previstos pelo Código Penal Militar e infrações disciplinares aplicadas aos bombeiros --o que na prática impede que os militares que participaram do motim recebam punições legais.
O perdão criminal e administrativo é a principal reivindicação do grupo, que foi libertado após habeas corpus da Justiça. Os militares realizaram o movimento na defesa de aumento salarial. O piso bruto da categoria é de R$ 1.031.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), propôs à Assembleia Legislativa do Estado que 30% do valor do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros, arrecadado com a taxa de incêndio, seja usado no pagamento de gratificações. O fundo, que arrecadou R$ 110 milhões em 2010, hoje é destinado à manutenção e aquisição de equipamentos, assistência médica e social e treinamento de pessoal.
Já foi anunciada a antecipação de um reajuste de 5,8%, que antes seria escalonado entre julho e dezembro. Somado aos reajustes de janeiro a junho, representará um aumento de 11,5% neste ano. O piso final, de R$ 1.265, ainda ficará aquém dos R$ 2.000 reivindicados pela categoria.

FÁBIO GRELLET

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