quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A ficha limpa da educação

Imagine governantes sendo processados por não cumprirem metas educacionais --e isso significaria, além do vexame, perdas de recursos para seus Estados e cidades. Não tenho dúvida de que essa medida criaria mais pressão e obrigaria prefeitos a serem mais comprometidos com o ensino público. Esse projeto acaba de entrar no papel, enviado ao Congresso pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Se vai sair do papel é o que vamos ver.
A lei da responsabilidade educacional era conversa de alguns especialistas da educação, dessas conversas que parecem que não vão levar a nada. Foi ganhando adeptos. E, enfim, virou projeto oficial dentro do Plano Nacional de Educação, que acaba de ser anunciado --o conjunto de metas para os próximos dez anos.
Já está crescendo (menos do que gostaríamos, mas está), a pressão da opinião pública por melhor qualidade de ensino. O tema se transformou em consenso entre líderes empresariais. Uma lei punindo governante pelo descaso ou incompetência com os alunos seria uma espécie de "Ficha Limpa" da educação.
É daqueles assuntos, assim como o Ficha Limpa, que deveria virar uma bandeira de todo o pais.
Um grupo dos mais importantes educadores brasileiros se reuniu num encontro fechado em torno de uma questão: o que você faria,se fosse presidente, para melhorar o ensino? Era um convite para o sonho, a construção de uma agenda do futuro. Esse documento é lançado nesta semana, Vale a pena ler a íntegra no www.catracalivre.com.br.

Gilberto Dimenstein

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