segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nem aí

O governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que a ocupação da favela da Rocinha no fim de semana representou um dia histórico para o Rio. E que antes ele não estava feliz porque não havia paz na comunidade.
O traficante Nem dominou por anos a Rocinha. É inacreditável que só agora, pela pressão de Copa e Olimpíadas (e da expansão imobiliária), o governo do Rio tenha agido para por fim ao terror das quase 80 mil pessoas que vivem na comunidade.
Nem é e sempre foi uma pessoa de carne e osso. Visível e que circulava pelas ruas da Rocinha. Não foi pego antes porque o governo do Rio não quis, não deixou ou manteve pessoas sob seu comando que protegiam o traficante.
A Rocinha foi ocupada sem nenhum incidente grave. Bastou a ameaça do Estado, o ente mais poderoso, para que o serviço fosse feito.
Cabral deveria vir a público explicar as razões de ter demorado tanto tempo para agir.
No link, coluna escrita há quase quatro anos após visita à Rocinha. De lá para cá, foram quase 1.500 dias em que a população viveu sob o comando de Nem: Rocinha, classe D/E e "acesso"

Fernando Canzian

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