terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ministros de Papandreou colocam cargos à disposição, diz TV


Os ministros do gabinete de George Papandreou, colocaram nesta terça-feira à disposição do premiê grego seus cargos, medida que segue na direção da formação de um novo governo de unidade nacional, segundo a TV estatal NET.
A emissora afirma ainda que até o momento não foi revelado o nome do novo primeiro-ministro, mas um porta-voz do governo informou que a decisão de quem substituirá Papandreou será divulgada em breve.
Um ministro que estava presente na reunião do gabinete afirmou que o premiê garantiu que o novo nome seria informado até o fim da noite de hoje. No encontro, Papandreou aproveitou para se despedir dos membros do governo.
Segundo informações da agência estatal de notícias, o primeiro-ministro já havia pedido aos membros de seu gabinete que deixassem prontos seus pedidos de demissão para facilitar a transição para o novo governo. Quem assumir o poder na Grécia tem como meta principal fazer com que o acordo europeu de resgate ao país seja aprovado no Parlamento.
O gabinete realizou hoje uma reunião, em Atenas, para abrir o caminho para a formação de um novo governo de coalizão e a nomeação do sucessor do atual chefe do Executivo.
Ao mesmo tempo, Papandreou segue em negociação com o líder da oposição, Antonis Samaras, tentando colocar um fim à crise política que chegou ao país e definir o nome do novo premiê.
A confirmação do ex-vice-presidente do BCE (Banco Central Europeu), Lucas Papademos, o nome apontado como favorito anteriormente, está se tornando complicada, já que o banqueiro exige liderar um governo de maior duração e a participação de políticos de ambos partidos no conselho de ministros.
Caso assumisse o cargo, Papademos ficaria no poder até o dia 19 de fevereiro de 2012, data para qual foram agendadas eleições antecipadas na Grécia. A data marcada deve dar tempo suficiente ao novo governo grego para completar o prazo de redução da dívida do país, como parte de um acordo feito com a UE (União Europeia) em 26 de outubro.
A crise que abalou o governo veio na semana passada, após uma tentativa frustrada de Papandreou de convocar um referendo sobre o resgate europeu à Grécia.

RESGATE

Em reunião realizada ontem em Bruxelas, o grupo do euro impôs como condição que o novo governo se comprometa por escrito com um calendário de medidas de ajuste. Só então será entregue o sexto lance creditício de 8 bilhões de euros de parte da zona do euro e do FMI (Fundo Monetário Internacional), indispensável para evitar a quebra do país.
"Pedimos às novas autoridades da Grécia que enviem uma carta, firmada pelos dois partidos do novo governo", reafirmando seu compromisso com o plano de ajuda financeira recentemente acertado, disse o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Os ministros europeus elogiaram a "classe política" grega por "restaurar a confiança perdida". "Agora acreditamos ser possível que a sexta parcela da ajuda (de 8 bilhões de euros) seja entregue em novembro", disse Rehn. Sem este dinheiro, a Grécia entrará em "default" em meados de dezembro.
Para apoiar países como Itália e Espanha, os ministros delinearam o fortalecimento do EFSF (sigla em inglês para Fundo Europeu de Estabilidade Financeira), visando ampliá-lo a um trilhão de euros.

Agências de Notícias

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