segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dilma vai acelerar

Dilma vai pra cima. O tripé da presidenta é baixar os juros, implantar medidas que garantam a sustentação da emergente classe C e segurar a bronca com o aumento da inflação.
Segundo assessoria, Dilma sabe que a inflação não volta para o centro da meta no mandato dela. A ordem é não deixar o crescimento do PIB murchar como em 2011.
árias medidas estão sendo preparadas para aquecer o crescimento de 2012 em diante.
A maior parte das medidas destinadas à classe C é desenvolvida pela Secretaria de Assuntos Estratégicos sob a supervisão do economista Ricardo Paes de Barros.
A mais adiantada é a que pode ser chamada de Abono-Família, juntando o salário-família ao abono do PIS (Programa de Integração Social). Cria um abono pago mensalmente no contracheque dos trabalhadores. Muitos se esquecem de retirar o abono anual do PIS, de um salário-mínimo, para quem ganha até dois salários-mínimos.
Essa medida pretende consolidar a porta de saída do Bolsa-Família, criado pela atual geração de empregos. Mostraria ao trabalhador a vantagem de estar empregado e não ficar vivendo do Bolsa Família ou do seguro-desemprego.
Já recebeu concordância prévia dos ministérios da Fazenda, Trabalho e Previdência. Depende ainda de acertar detalhes operacionais de fluxo de caixa e da aprovação da Casa Civil.
Dilma convenceu-se no Seminário "Desafios da Nova Classe Média", promovido pela SAE, da importância de se criar um sistema de proteção social para a classe C emergente.
Outras ações visando à qualificação profissional, à geração de empregos e mais renda serão tomadas. Além da obsessão de Dilma pelo crescimento, as ações pretendem consolidar o apoio da nova classe média e derrubar o discurso da oposição contra políticas assistencialistas sem perspectiva de futuro.
A oposição não é a maior preocupação do governo. Ele acredita que a oposição está perdida, sem agenda e com movimentos reativos.
O problema mais sério está na base de apoio. Iniciando-se pela tentativa de parte da bancada do PT em romper o acordo com o PMDB e fazer o próximo presidente da Câmara.
Mas uma coisa está decidida: Dilma vai acelerar.

José Luiz Portella

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