sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Secretário de educação comparece a debate e professores acreditam no diálogo



Há cinco anos os trabalhadores da educação não sabiam o que era dialogar com o secretário da pasta. Na tarde desta quinta-feira (10), o atual representante da educação no Estado, Anderson Gomes esteve presente no auditório do Sintepe.
Entre as reivindicações estavam: professores que tiveram turmas fechadas receberão salários, sem descontos, trabalhadores devem ficar tranqüilos (sic) que em breve sairá um ofício confirmando em quais escolas serão colocados. O secretário ainda garantiu que a discussão do Plano de Cargos e Carreira foi reaberta.
As primeiras palavras do secretário fizeram com que a categoria acreditasse ser possível outros debates iguais ao desta quinta no sindicato. “Espero que seja o primeiro de muitos. Vocês me dirão as feridas para gente colocar os dedos nelas”, sublinhou.
Em seguida, o presidente do Sintepe, Heleno Araújo expôs alguns pontos da instrução normativa publicada no Diário Oficial do dia 29 de janeiro que assegura as normas para implantação das matrizes curriculares a partir de 2011, “Garante no *7° artigo que os gestores devem lotar os professores efetivos nas escolas”, destacou o sindicalista.
Outro artigo comentado foi o 11º, que traz autorização para o exercício da jornada de docentes efetivos em programas de correção de fluxo. O gestor da GRE é responsável e só poderá fazê-la mediante comprovação de ausência de lacunas nas disciplinas da Educação Básica.
A vice-presidente do Sintepe, Antonieta Trindade falou do processo de democratização das escolas e disse que a disciplina de Educação Física deve ser integrada ao horário das outras aulas e caso acontecesse, diminuiria as faltas. “O diálogo está aberto e devemos continuar na luta pela valorização dos trabalhadores em educação”, lembrou.
Repassada algumas reivindicações estava aberto o debate. O professor Leonardo enfatizou a postura da Secretaria de Educação com a categoria. "É um rolo compressor, passa por professores, sindicato e não escuta ninguém”, definiu. Segundo Maria Albênia, as escolas estão em um desmando geral, o LDB está destruído e o Estatuto do Magistério perdido.
O diretor do Sintepe e secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Rocha deixou claro as imposições do governo, por exemplo, a implantação unilateral da proposta salarial, o sindicalista citou o caso de escolas de Petrolina que fechou turmas e turnos. “O governo pode ser espelho de outra forma, cumprindo a Lei do Piso e respeitando as relações de trabalho”, finalizou.
O secretário de Educação, Anderson Gomes, garantiu que procurará implantar algumas sugestões de imediato e disse que voltaria a conversar com os profissionais daqui a dois meses, no Sintepe. O representante governamental garantiu mandar inspetores as 47 escolas que fecharam turnos e turmas, disse ainda que os professores avisem-no se souberem de alguma turma com alunos sem aula "Recursos para salário, talvez em abril tenhamos um horizonte melhor", sublinhou Gomes. Por último, escreveu o e-mail, andersongomes@educacao.pe.gov.brEste endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. entregando aos trabalhadores para que enviem sugestões e críticas e garantiu voltar ao Sintepe daqui a dois meses.
"Da portaria 397, no artigo 7°, está claro “Compete aos gestores das GRE’s lotar todos os professores efetivos nas escolas estaduais sob sua jurisdição observando a adequada correspondência entre a habilitação do docente e a disciplina ou área de conhecimento".

Sintepe

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