terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nuvens negras para professores

Nem tudo foram flores, no início do ano letivo, anteontem, nas escolas da rede estadual.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), pelo menos 47 unidades do Grande Recife e do Interior, fecharam turmas da noite, do 1º ano do Ensino Médio e do Programa Educação para Jovens e Adultos (EJA).
O presidente Heleno Araújo lembra que são pendências do ano passado. O Sintepe diz ainda que a situação também provocou outro desconforto para os professores que, após retornarem de férias, descobriram que não tinham as turmas para dar aulas.
“Muitos professores dessas turmas e também do Projeto Travessia, receberam o aviso de que deveriam ir até às Gerências Regionais de Ensino (GREs) para procurar outra localização”, denuncia a vice-presidente do Sintepe, Antonieta Trindade.
Já a Secretaria de Educação (Seduc) negou a decisão de fechar as turmas e assegurou que esse tipo de medida só é adotada sob consulta da comunidade escolar. De acordo com o órgão, os gestores das GREs interpretaram equivocadamente o procedimento de matrícula.
Sem resposta - Apesar de ter se comprometido em resolver o problema, pais e representantes setoriais do Sintepe denunciaram que os diretores se negaram a matricular alunos nessas turmas.
“A Secretaria prometeu que, até o dia 30 de dezembro passado, as GREs seriam orientadas corretamente quanto à matrícula, mas até agora não tivemos resposta”, alertou Antonieta Trindade.
Desrespeito ao estatuto - A vice-presidente do Sintepe, Antonieta Trindade, ainda destacou que os docentes podem ter o salário bloqueado caso não consigam a lotação.
“Vários diretores estão desrespeitando o artigo 18 do Estatuto do Magistério e devolvendo os professores mais antigos das escolas. E há casos onde os contratados temporários estão permanecendo nas unidades em detrimento dos professores efetivos”, explicou.

Sintepe

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