quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Após adiamentos, começa retirada de óleo do navio Vale Beijing

A operação de retirada da carga do navio Vale Beijing removeu 500 toneladas de óleo combustível da embarcação até a tarde desta quinta-feira (5).
O volume equivale a 10% da quantidade total que deve ser removida.
A embarcação está ancorada perto de São Luís (MA) desde o dia 3 de dezembro com rachaduras no casco. O navio apresentou o problema enquanto carregava minério de ferro no terminal Ponta da Madeira, da Vale.
A operação de retirada do óleo começou na noite de quarta-feira (4) depois de ter sido adiada pelo menos duas vezes.
A Capitania dos Portos do Maranhão, que acompanha a operação no navio, informou que o bombeamento do combustível deve demorar de cinco a seis dias.
O superintendente do Ibama no Maranhão, Pedro Leão, que acompanha a operação, disse que não houve vazamento.
A retirada do óleo, que fica armazenado na popa da embarcação, visa equilibrar o navio e permitir um reparo inicial na costa do Maranhão.
Segundo o capitão dos Portos do Estado, Nelson Ricardo Calmon Bahia, a retirada tem como objetivo também reduzir o risco de danos ambientais em caso de um eventual naufrágio.

VENTOS

Os adiamentos ocorreram principalmente devido aos fortes ventos na região. Inicialmente, a ideia era transferir o óleo do Vale Beijing para uma barca de fundo chato, mas a operação foi descartada.
O Ibama considerou que a embarcação era muito instável e, com o movimento provocado pelo vento, poderia ocorrer vazamento caso as mangueiras de transferência do óleo se rompessem.
Foi solicitado um navio petroleiro, mais pesado e estável, para receber o óleo. A embarcação chegou ontem à São Luís.
Segundo o superintendente do Ibama, a operação está sendo acompanhada por embarcações de segurança, que, em caso de vazamento, cercam a mancha com barreiras de contenção e fazem a retirada do óleo.
"A discussão entre a Capitania dos Portos, Ibama e a empresa de salvatagem foi no sentido de buscar o melhor método para que não ocorressem acidentes [na retirada do óleo]", disse o superintendente do Ibama.
A empresa coreana STX Pan Ocean, dona da embarcação, disse em nota, que o dano no navio é parcial e que a embarcação poderá ser reparada antes de seguir viagem. Segundo a empresa, a situação do navio está sob controle.
O navio Vale Beijing tem 361 m de comprimento, 65 m de largura e capacidade máxima para 380 mil toneladas de minério de ferro. As rachaduras no casco dos tanques de lastro surgiram quando 260 mil toneladas de minério estavam a bordo.

SILVIA FREIRE

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