terça-feira, 26 de março de 2013

Vexame Socialista


O relatório anual apresentado pela ONG Todos pela Educação no dia 06 de março mostrou uma ferida que perdura há bastante tempo no sistema educacional de Pernambuco e que nós, trabalhadores em Educação, já denunciamos. Mas o Governo do Estado insiste em afirmar através de repetidas inserções na mídia (bastante onerosas para os cofres públicos) de que não temos nenhuma deficiência na rede de Educação e que tudo está uma maravilha.
Criado em 2006, como um movimento da sociedade civil o “Todos pela Educação” estabeleceu cinco metas a serem atingidas até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil. O objetivo é que, nessa data, o país tenha uma educação de qualidade e que todas as crianças e jovens pudessem ter acesso garantido ao ensino escolar. As metas estabelecidas foram: - todas as crianças e jovens de 04 a 17 anos devem estar na escola; – a alfabetização precisa estar plenamente concluída aos 08 anos; – os alunos têm de dominar o conteúdo da série que frequentam; – a conclusão do ensino médio deve ocorrer até os 19 anos; – os investimentos em educação precisam ser ampliados.
Os dados publicados fazem parte do relatório De Olho nas Metas 2012, quinta edição de monitoramento. Os indicadores foram calculados com base nos resultados da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 2011. Portanto, são informações fruto das estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do MEC, todos de conceituada reputação.
A preocupação é que Pernambuco, juntamente com Amapá, Alagoas e Roraima, não atingiu a meta parcial de ter todos os alunos com aprendizagem adequada à série cursada, ou seja, em Pernambuco a cada 100 alunos do ensino médio, apenas 20 aprenderam o suficiente em Português, e pasmem, apenas 07 alunos em cada 100, tiveram aproveitamento expressivo em Matemática.  Além de não alcançar o índice desejado de percentual de crianças e adolescentes matriculados na escola e também de conclusão tanto no ensino fundamental como no ensino médio, na idade recomendada.
Cabe agora, uma comparação das contas do PIB segundo o IBGE dos quatros estados:
Amapá – 0,2% em participação no PIB do País;                                                
Roraima – 0,2% em participação no PIB do país;
Alagoas – 0,7% em participação no PIB do país;
Pernambuco – 2,5% em participação no PIB do país. Observa-se que o PIB de Pernambuco é 12,5 vezes maior que os do Amapá e Roraima e 3,5 vezes maior que o de Alagoas, portanto um Estado que gera uma quantidade de riquezas muito grande, mas que o seu governo “socialista” ainda não aprendeu a investir no humano como investe em mídia para que através da Educação a população tenha garantido uma perspectiva de desenvolvimento social.

Edeildo de Araujo
Secretário de Formação do SINTEPE e Formador da CUT. 

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