segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Em discurso, Henrique Alves faz promessas incômodas ao Planalto


Candidato do PMDB à presidência da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) usou um discurso corporativista e com ideias populistas entre os parlamentares para buscar os votos dos colegas na eleição que acontece nesta segunda-feira (4).
O peemedebista afirmou que, se eleito, cada veto presidencial será discutido pelo Congresso.
"Assumiremos posições. Faço mea-culpa por todos nós termos nos omitido e deixado 3.000 vetos sem ser apreciados. Vamos corrigir o erro. A partir de agora o veto não pode ser, não vai mais ser, a última palavra da ação legislativa." A fala motivou aplausos entre os deputados.
Ele reclamou da edição de medidas provisórias. "Essa Casa é sufocada pelas medidas provisórias. Vamos tornar essa Casa um palco de debates."
O deputado ainda prometeu criar uma comissão especial para reformular o sistema de pagamento de emendas parlamentares, para os deputados não ficarem dependendo da liberação do Executivo.
Ele ainda saiu em defesa da imagem da Casa, dizendo que o Legislativo é o mais "criticado" por ser o mais transparente e por serem eleitos pelo povo, o que não ocorre com ministros do Supremo e com ministros de Estado.
"Se esta Casa é a mais injustiçada dos poderes, e é, se é a mais criticada dos poderes, e é, não é pelos seus defeitos é por ela se expor, ser transparente, ser verdadeira."
O peemedebista reforçou sua promessa de ampliar a atuação da TV Câmara, para mostrar o trabalho dos parlamentares ao fim de semana em seus redutos eleitorais.
"A TV Câmara tem que ser mais Câmara do que TV. Não quero mais ver aquela imagem do plenário vazio. Aquilo era sempre uma segunda ou sexta-feira. Uma imagem de que o deputado não trabalha. Vou dizer à TV Câmara: 'seja mais Câmara e menos TV", afirmou.
O deputado ainda criticou a imprensa. "Agora de repente, no período eleitoral, aparece isso, aparece aquilo. São labaredas que não chamuscam o alicerce de uma vida inteira que construí com trabalho, com coerência e com lealdade", disse.
Primo do peemedebista, o ministro Garibaldi Alves (Previdência) acompanha a eleição em plenário. "Eu não posso votar, mas vim pedir votos".

MÁRCIO FALCÃO
ANDREZA MATAIS
ERICH DECAT

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