segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dólar avança para R$ 1,986 e Bolsa cai por pessimismo com Grécia

O mau humor e a forte aversão ao risco tomam conta dos mercados nesta segunda-feira. O principal motor das baixas nas Bolsas de Valores no mundo - e da alta do dólar - é o risco político na Europa, depois do fracasso nas negociações políticas na Grécia para formação de um governo de coalizão.
No Brasil, a moeda americana começou a segunda-feira em alta em relação ao real. Por volta do meio-dia, o dólar valia R$ 1,986, ganho de 1,53%.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, caia 2,15%, aos 58.168 pontos. O volume financeiro na Bolsa girava em torno de R$ 1,505 bilhão.
Na sexta-feira, o indicador recuou 0,43%, para 59.445 pontos, fechando pelo terceiro pregão seguido abaixo dos 60 mil pontos e reduzindo os ganhos no ano para 4,74%.
As ações de construção civil lideram as baixas do Ibovespa neste pregão. A ação Brookfield ON (ordinária, que não dá direito a voto) despenca 8,15%, para R$ 4,51; PDG Realty recua 7,51%, para R$ 4,19; e Rossi Residencial perde 5,87%, para R$ 6,73.
Entre as "blue chips" (ações com mais liquidez), o papel preferencial (que dá preferência no pagamento dos dividendos) da Petrobras, caía 1,24%, para R$ 19,09; e OGX ON tinha queda de 3,46%, para R$ 13,12.
Na Europa, os integrantes do Banco Central Europeu já falam explicitamente na possibilidade de o país deixar a zona do euro.
Além disso, novidades ruins aparecem na Espanha e na Alemanha. A agência de classificação de risco Moody's apontou que os esforços da Espanha para aumentar a confiança dos investidores, como aumento da provisão para perdas dos bancos, vão elevar o endividamento do país e prejudicar sua posição de crédito. E o partido da chanceler alemã, Angela Merkel, perdeu as eleições no importante estado da Renânia do Norte-Vestfália, o mais populoso do país.
Para completar, a agenda de indicadores não ajuda. Foi divulgada queda de 0,3% da produção industrial da zona do euro em março na comparação com fevereiro, contrariando a previsão de aumento de 0,5%.

Folha de São Paulo

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