terça-feira, 3 de julho de 2012

Produção industrial recua 4,3% e tem nona queda consecutiva, diz IBGE

A produção da indústria brasileira teve queda de 4,3% em maio ante mesmo mês do ano anterior. Trata-se do nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde setembro de 2009, quando a retração foi de 7,6%.
Na comparação com abril, o recuo foi de 0,9% na série livre de influências sazonais, a terceira queda mensal seguida. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (3).
No ano, a redução acumulada é de 3,4%, e nos últimos 12 meses, o resultado verificado é de queda de 1,8%, segundo o IBGE.
De acordo com o levantamento, a produção recuou em 14 dos 27 ramos investigados no mês. Os principais impactos negativos foram observados nos setores de veículos (-4,5%) e de alimentos (-3,4%).
Outras contribuições negativas vieram do setor de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), metalurgia básica (-2,4%), celulose e papel (-3%) e calçados e artigos de couro (-5,3%).
O setor produtor de bens de consumo duráveis puxou a queda, seguido por bens de capitais. Uma das explicações pode estar ligado à restrição do crédito e o comprometimento da renda das famílias brasileiras.
PREOCUPAÇÃO
O setor industrial preocupa o governo devido às sucessivas quedas na produção, vendas e investimentos e tem levado o Planalto a anunciar medidas para estimulá-lo e tentar reaquecer a atividade econômica no país. Para tanto, as ações visam basicamente a desoneração do setor (para reduzir custos e tentar manter o nível de emprego), o aumento da demanda interna e o estímulo ao crédito ao consumidor.
A ideia é favorecer o crédito produtivo, para incentivar o consumo, e também para a exportação por empresas brasileiras. O governo aposta nesse tipo de medidas para recuperar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

 VENCESLAU BORLINA FILHO

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