quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A década brasileira

Por mais importantes que Fernando Henrique Cardoso e Lula tenham sido, a história do Brasil começa a ficar mais interessante e mais importante a partir de agora.
Muito graças a eles.
FHC e Lula são os dois melhores quadros de seus grupos políticos e conseguiram liderar governos que, se tiveram problemas, colocaram o Brasil no rumo certo depois de todos os equívocos possíveis.
O caminho certo, obviamente, é a economia de mercado. E se já melhoramos muito, temos muito a melhorar. O salto principal ainda está à frente.
Por isso o que vem por aí é o mais importante, o verdadeiro vai ou racha.
A segunda década do século 21, os novos anos 10, pode (e deve) ser a década do Brasil, nossa melhor oportunidade em 500 anos. Com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, garantimos a atenção do mundo. Precisamos até lá, e estão logo aí, estruturar nossa narrativa, nosso posicionamento, nosso caso para as platéias globais.
Muito já está dado.
Nossa mistura de sol, solo, água e emprendedorismo torna o Brasil dominante em mercados cada vez mais demandados pelos bilhões de consumidores emergentes: alimentos, energia e minerais. Nossa adesão final ao capitalismo fortalece e expande o mercado interno. Nossas enormes carências, nesse ambiente, tornam-se enormes oportunidades de negócios, de desenvolvimento.
Não consigo imaginar nenhum governo eleito neste ano que pense em desviar o país do rumo que a Era Lula-FHC estabeleceu. Mas seria muito melhor se das urnas saísse uma configuração política capaz de unir as principais forças políticas brasileiras em torno dessa oportunidade dourada dos anos 2010.
As circunstâncias que criaram as divergências históricas e muitas vezes histéricas entre PT e PSDB podem deixar de existir dependendo dos resultados nacionais e regionais do pleito deste ano.
A campanha eleitoral esquentou e como sempre é divisiva. Passada a tensão pré-eleitoral, a política deveria se tornar inclusiva. Precisamos de um grande centrão do bem, unindo PT, PSDB e outras siglas comprometidas com um projeto de país de curto e longo prazo.
Há uma seminal pauta consensual, como reforma tributária, reforma política, reformas microeconômicas para melhorar o ambiente de negócios, políticas efetivas para dar um choque de qualidade na educação, na saúde.
Este é o momento para que nossa definidora busca pela acomodação se prove muito mais um super trunfo da brasilidade do que um defeito.
Não podemos perder mais esta oportunidade. O futuro do Brasil, finalmente, chegou. Brasileiros, uni-vos.

Sérgio Malbergier

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