segunda-feira, 6 de maio de 2013

Expansão internacional traz vantagens para micro e pequenos


Driblar a concorrência e ganhar economia de escala são algumas das vantagens competitivas que as micro e pequenas empresas (MPEs) podem adquirir ao buscar a internacionalização para expandir os seus negócios.
Além da exportação, o pequeno empreendedor tem outros caminhos para atingir mercados de fora, que se tornaram mais acessíveis com a globalização.
Segundo a consultora de comércio exterior do Sebrae, Rose Mary Estacio, a internacionalização pode trazer benefícios para uma pequena empresa, como a compensação de oscilações do mercado interno e o aumento do ciclo de vida do produto.
"A internacionalização ajuda a empresa a enfrentar dificuldades internas, como crises econômicas e a forte concorrência", afirma.
Embora a exportação ainda seja o principal canal para a internacionalização, há outras possibilidades.
OPÇÕES
Estacio cita como exemplo de opções parcerias em joint ventures, transferências de tecnologia, representação, franquias e licenciamento.
Mas para decidir qual o melhor caminho para a expansão internacional é preciso um trabalho cuidadoso.
O primeiro passo é pesquisar. O objetivo é identificar em quais mercados o produto pode ter boa aceitação. Alguns sites como o do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o Apex-Brasil e o Portal do Exportador trazem informações e números sobre diversos mercados.
A segunda etapa é o planejamento. O Sebrae mantém um programa de capacitação para internacionalização de MPEs. Além de palestras e workshops, oferece cursos e consultoria para auxiliar pequenos empresários a formular uma estratégia.
Outro ponto importante que o empresário deve ter em mente é a adequação do produto para o mercado externo. Detalhes como embalagem e design, além de atenção a diversas normas técnicas locais, são essenciais. A obtenção de certificados internacionais facilita e, em alguns casos, pode ser indispensável.
Uma barreira a ser considerada são os trâmites burocráticos locais. Nesse aspecto, paciência e persistência podem ser necessárias.
Foi o que percebeu o empresário André Krai. Em expansão no Brasil, sua empresa, a Container Ecology Store -um modelo de lojas instaladas em contêineres reaproveitados- atraiu investidores espanhóis.
"Ainda não tinha pensado em expandir para fora, mas aproveitei a oportunidade".

Com operações em Ibiza e em Barcelona, ele planeja atingir outras cidades espanholas e a Alemanha.
burocracia

Krai afirma que o processo para liberação de documentos foi demorado no início, revelando uma burocracia tão grande como no Brasil.
Segundo ele, é essencial que o projeto esteja amadurecido para que o processo caminhe, já que os parceiros internacionais costumam ser exigentes. "Lá fora não tem 'jeitinho'. Ou está certo, ou não está", afirma Krai.  

ROGÉRIO DE MORAES 




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