segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Paulo Frateschi diz que João da Costa está com Geraldo

O secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, um dos mediadores da crise petista durante o período das prévias, concedeu entrevista, no último domingo (16), à jornalista Bruna Serra, do Jornal do Commercio. Frateschi deu a entender que o prefeito João da Costa (PT), preterido pelo partido na disputa eleitoral deste ano, estaria trabalhando pela eleição de Geraldo Julio (PSB).
"O prefeito faz de conta que está neutro, mas não está", disse Frateschi, ao afirmar que João da Costa não teria entrado na campanha petista. Mas não foi só. O secretário nacional de organização também disse que a campanha de Humberto está "lutando contra duas máquinas", deixando claro que acredita que João da Costa colocou a máquina municipal do mesmo lado que a estadual, apoiando o candidato Geraldo Julio (PSB).
"Não tiro a razão dele. Ele continua magoado e tem razão", amenizou. Mas mesmo puxando parte da responsabilidade para si, Frateschi afirmou que a Direção Nacional do partido tomou a decisão correta.
"Tivemos os problemas internos que não podemos ignorar ou nos eximir de responsabilidade. (...) Gosto dele. Não acho que seja um mau prefeito, mas não tinha as condições para unir o partido, assim como João Paulo não tinha. A nacional acertou, dentro do possível, indicando Humberto Costa porque ele é o que une minimamente o partido".
LULA - Questionado sobre a vinda de Lula ao Recife para reforçar a campanha de Humberto Costa, Frateschi disse que no momento o partido "não tem as condições", no Recife, para enviar Lula à capital pernambucana.
"E se Eduardo Campos (PSB) for buscar Lula no aeroporto dizendo: "meu presidente", o que o jornal vai noticiar? Não será Lula com humberto, mas com Eduardo. Lula quer ir, mas eu não consigo as condições. Vamos ver agora qual é o melhor momento. Talvez no segundo turno", disse Frateschi.
BATALHA PERDIDA - Frateschi analisou que uma derrota no Recife não terá efeito tão forte nacionalmente para o partido. A capital pernambucana, ao lado de Fortaleza e São Paulo foram ditas prioridades para a sigla na disputa deste ano. Mas os cenários não estão favoráveis e, para não ficar no vermelho, os petistas devem investir em outras capitais antes consideradas menos importantes.
"A situação mais difícil que temos hoje é a do Recife. Disseram os jornais que só faríamos prefeito em Goiânia Mas estamos crescendo em outras capitais e podemos conseguir eleger seis ou sete prefeitos em capitais", afirmou, amenizando o efeito de uma possível derrota no Recife.

Blog do Jamildo


Nenhum comentário:

Postar um comentário