No menor patamar da história, os juros brasileiros podem ter como
efeito colateral o adiamento da aposentadoria, especialmente para quem
tem plano de previdência privada com taxas elevadas de administração
-percentual cobrado pelo banco para cuidar do dinheiro do cliente,
informa reportagem de Toni Sciarretta publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Somente a mudança no patamar de juros ocorrida neste ano, quando as
taxas do governo caíram de 11% para 8,5% ao ano, pode implicar mais de
15 anos de trabalho (e de contribuições extras ao plano de previdência),
segundo simulação feita por Rafael Paschoarelli, professor de finanças
da USP.
Isso porque os juros do governo caíram, mas a previsão de inflação segue elevada.
Na previdência privada, o que conta são os juros reais, que desconta a
inflação. Em janeiro, a taxa real estava em 5,5% (11% da Selic menos
5,5% da inflação). Agora, caiu para 3,5% (8,5% menos 5%).
Desse rendimento real, deve-se descontar ainda a taxa de administração
cobrada pelo banco. A maioria cobra entre 1% e 1,5% ao ano nos fundos
conservadores que aplicam em juros do governo.
Toni Sciarretta
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