O secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, um dos
mediadores da crise petista durante o período das prévias, concedeu
entrevista, no último domingo (16), à jornalista Bruna Serra, do Jornal
do Commercio. Frateschi deu a entender que o prefeito João da Costa
(PT), preterido pelo partido na disputa eleitoral deste ano, estaria
trabalhando pela eleição de Geraldo Julio (PSB).
"O prefeito faz de conta que está neutro, mas não está", disse
Frateschi, ao afirmar que João da Costa não teria entrado na campanha
petista. Mas não foi só. O secretário nacional de organização também
disse que a campanha de Humberto está "lutando contra duas máquinas",
deixando claro que acredita que João da Costa colocou a máquina
municipal do mesmo lado que a estadual, apoiando o candidato Geraldo
Julio (PSB).
"Não tiro a razão dele. Ele continua magoado e tem razão", amenizou. Mas
mesmo puxando parte da responsabilidade para si, Frateschi afirmou que a
Direção Nacional do partido tomou a decisão correta.
"Tivemos os problemas internos que não podemos ignorar ou nos eximir de
responsabilidade. (...) Gosto dele. Não acho que seja um mau prefeito,
mas não tinha as condições para unir o partido, assim como João Paulo
não tinha. A nacional acertou, dentro do possível, indicando Humberto
Costa porque ele é o que une minimamente o partido".
LULA - Questionado sobre a vinda de Lula ao Recife para reforçar a
campanha de Humberto Costa, Frateschi disse que no momento o partido
"não tem as condições", no Recife, para enviar Lula à capital
pernambucana.
"E se Eduardo Campos (PSB) for buscar Lula no aeroporto dizendo: "meu
presidente", o que o jornal vai noticiar? Não será Lula com humberto,
mas com Eduardo. Lula quer ir, mas eu não consigo as condições. Vamos
ver agora qual é o melhor momento. Talvez no segundo turno", disse
Frateschi.
BATALHA PERDIDA - Frateschi analisou que uma derrota no Recife
não terá efeito tão forte nacionalmente para o partido. A capital
pernambucana, ao lado de Fortaleza e São Paulo foram ditas prioridades
para a sigla na disputa deste ano. Mas os cenários não estão favoráveis
e, para não ficar no vermelho, os petistas devem investir em outras
capitais antes consideradas menos importantes.
"A situação mais difícil que temos hoje é a do Recife. Disseram os
jornais que só faríamos prefeito em Goiânia Mas estamos crescendo em
outras capitais e podemos conseguir eleger seis ou sete prefeitos em
capitais", afirmou, amenizando o efeito de uma possível derrota no
Recife.
Blog do Jamildo
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