O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde o
dia 29 de fevereiro acusado de comandar um esquema de jogos ilegais,
ficou abalado com a prisão de seu ex-cunhado, anteontem.
Segundo a defesa, Cachoeira passou mal ao saber que Adriano Aprígio fora
detido sob a suspeita de ter ameaçado, em e-mail, a procuradora da
República Léa Batista de Souza, que investigou Cachoeira durante a
Operação Monte Carlo.
A Folha apurou que Cachoeira teve uma crise de tontura e vomitou ao ser
informado da prisão, por telefone, por sua mulher, Andressa Mendonça.
A ameaça a investigadores por parte do grupo de Cachoeira é um dos
motivos que têm levado a Justiça a negar liberdade provisória ao
empresário. Já foram feitas ao menos quatro tentativas judiciais de
soltura.
Aprígio é também investigado pela CPI do Cachoeira. Segundo a Polícia
Federal e o Ministério Público, ele seria uma espécie de "laranja" de
Cachoeira, tendo colocado bens do empresário em seu nome.
"Ele [Cachoeira] ficou chocado com a notícia, teme que imputem a ele as
ameaças, quando não está nem remotamente envolvido com isso", afirmou a
advogada Dora Cavalcante, da equipe de Márcio Thomaz Bastos.
ANDREZA MATAIS
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