O mau humor e a forte aversão ao risco tomam conta dos mercados nesta segunda-feira. O principal motor das baixas nas Bolsas de Valores no mundo - e da alta do dólar - é o risco político na Europa, depois do fracasso nas negociações políticas na Grécia para formação de um governo de coalizão.
No Brasil, a moeda americana começou a segunda-feira em alta em relação ao real. Por volta do meio-dia, o dólar valia R$ 1,986, ganho de 1,53%.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, caia 2,15%, aos 58.168 pontos. O volume financeiro na Bolsa girava em torno de R$ 1,505 bilhão.
Na sexta-feira, o indicador recuou 0,43%, para 59.445 pontos,
fechando pelo terceiro pregão seguido abaixo dos 60 mil pontos e
reduzindo os ganhos no ano para 4,74%.
As ações de construção civil lideram as baixas do Ibovespa neste pregão.
A ação Brookfield ON (ordinária, que não dá direito a voto) despenca
8,15%, para R$ 4,51; PDG Realty recua 7,51%, para R$ 4,19; e Rossi
Residencial perde 5,87%, para R$ 6,73.
Entre as "blue chips" (ações com mais liquidez), o papel preferencial
(que dá preferência no pagamento dos dividendos) da Petrobras, caía
1,24%, para R$ 19,09; e OGX ON tinha queda de 3,46%, para R$ 13,12.
Na Europa, os integrantes do Banco Central Europeu já falam explicitamente na possibilidade de o país deixar a zona do euro.
Além disso, novidades ruins aparecem na Espanha e na Alemanha.
A agência de classificação de risco Moody's apontou que os esforços da
Espanha para aumentar a confiança dos investidores, como aumento da
provisão para perdas dos bancos, vão elevar o endividamento do país e
prejudicar sua posição de crédito. E o partido da chanceler alemã,
Angela Merkel, perdeu as eleições no importante estado da Renânia do
Norte-Vestfália, o mais populoso do país.
Para completar, a agenda de indicadores não ajuda. Foi divulgada queda de 0,3% da produção industrial da zona do euro em março na comparação com fevereiro, contrariando a previsão de aumento de 0,5%.
Folha de São Paulo
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